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5 benefícios dos jogos de tabuleiro para sua saúde mental

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Jogos de tabuleiro estão de volta! E não estamos falando de jogos como Banco Imobiliário, War ou Detetive.

Centenas de jogos disponíveis em português chegam todo ano no Brasil, sendo vendidos nas livrarias, luderias e em dezenas de sites na internet.

Algo que a muito tempo não se via, está também voltando: grupo de amigos se reunindo em uma mesa, apenas para se divertir e queimar alguns neurônios ao redor de um jogo de tabuleiro.

E isso é bom, porque faz um bem enorme para seu cérebro.

Investigando um pouco mais relacionei abaixo 5 benefícios que os jogos de tabuleiro podem trazer para a sua saúde mental.

 

1. Jogos de Tabuleiro mantêm o cérebro mais jovem por mais tempo

Jogar jogos, especialmente à medida que você envelhece, é benéfico, já que um cérebro ativo corre menos riscos de declínio cognitivo.

Um estudo no New England Journal of Medicine mostrou que jogar jogos de tabuleiro estava associado a um risco reduzido de demência e doença de Alzheimer.

2. Jogos de tabuleiro ajudam no desenvolvimento cognitivo e social das crianças

Habilidades sociais úteis podem ser ensinadas através de jogos de tabuleiro, habilidades que podem levar as crianças a uma vida mais felizes e menos isolada.

Os jogos ensinam habilidades sociais, como seguir regras e compartilhar com os outros. Os jogos de tabuleiro dão suporte às habilidades cognitivas, desde o simples reconhecimento de números e padrões até os cálculos e estimativas mais complexos.

Em alguns jogos, você usa uma mistura de lógica, habilidades matemáticas e pensamentos abstratos, ao mesmo tempo em que planeja seus próximos movimentos e cria maneiras de combater as ações de seus amigos.

Com tantos tipos diferentes de jogos de tabuleiro, existem milhares de maneiras de treinar seu cérebro.

3. Jogos de tabuleiro ajudam a reduzir o isolamento

A maioria dos jogos de tabuleiro são projetados para serem jogados com um grupo de pessoas.

Ter um grupo regular de amigos para jogar, ajuda a evitar a solidão e constrói relações positivas com os outros.

O isolamento tem sido mostrado como um fator que contribui para o agravamento da saúde mental. No entanto, pode ser difícil para aqueles que sofrem com problemas como depressão e ansiedade saírem e fazerem novos amigos.

Os jogos de tabuleiro resolvem muitos desses problemas, pois oferecem uma maneira estruturada de conhecer outras pessoas.

Em vez de precisar começar uma conversa do zero, ter um jogo como foco permite que as amizades cresçam lentamente de uma maneira menos formal e sem pressões sociais.

As luderias, ou casa de jogos de tabuleiro, estão surgindo em todo o país e tudo que você precisa fazer é aparecer, conversar com a equipe e sentar em uma mesa para jogar.

Se sua cidade não possui uma luderia, seria interessante procurar grupos de jogos da sua região. Com certeza você será bem recebido(a).

VEJA AQUI GRUPOS DE JOGOS PELO BRASIL

4. Jogos de tabuleiro ajudam a unir a família

Agora existem centenas de jogos de tabuleiro voltados para as famílias, ou que são suficientemente bem desenhados para serem aproveitados por adultos, mas simples o suficiente para o seu filho de 8 anos se familiarizar com ele (e depois vencer você, claro).

Um jogo de tabuleiro é uma oportunidade para a família participar de algo juntos. Os jogos de tabuleiro oferecem a oportunidade de mais interação cara a cara, o que por si só favorece a saúde mental.

Muitas vezes, em situações familiares, enquanto todos estão fisicamente presentes, o foco está na TV ou em celulares, tablets ou laptops.

Ao jogar um jogo de tabuleiro, seja competindo ou colaborando, você se envolve ativamente pessoalmente.

Famílias que passam tempo juntas em atividades agradáveis ​​têm um vínculo emocional melhor e uma melhor comunicação entre os membros da família.

VEJA AQUI RELAÇÃO DE JOGOS PARA AS FAMÍLIAS

5. Jogos de tabuleiro ajudam a reduzir o estresse

Um estudo da Real networks Inc mostrou que os jogos nos ajudam a reduzir o estresse, apoiar o equilíbrio mental e ajudar com o relaxamento.

Eu imagino que isso ocorre porque os jogos de tabuleiro oferecem um escape, uma chance de deixar suas preocupações diárias para trás por um tempo e fazer algo completamente diferente.

Você pode construir civilizações, construir ferrovias, controlar vastos exércitos, caçar zumbis ou até mesmo tentar dominar o mundo.

Não há necessidade de se preocupar com as chatices da vida por algumas horas. Quando você está jogando, o mundo caótico fica de fora.

Os jogos de tabuleiro são uma ótima maneira de se conectar com os outros, para afastá-lo dos problemas normais da vida por algumas horas e para exercitar o cérebro.

 

Fonte: Chris Mounsher (The Counsellors Cafe)

Curso Pintura de Miniaturas

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Conheça o método que irá ajudar você a pintar miniaturas sem enrolação

As aulas irá te ajudar a:
1.Aprender as técnicas básicas e avançadas de pintura.
2.Pintar qualquer tamanho de miniaturas.
3. Pintar miniaturas de boardgames, RPG, Colecionáveis ou Impressas em 3D.

Independente se você:
1. Nunca pintou antes.
2. Acredita que só quem é artista pode pintar.
3. Já tentou pintar alguma vez e desistiu.
4. Já assistiu tutoriais no Youtube e desistiu.
5. Acha que não tempo e dinheiro para isso.

 

Você já se Imaginou:

  • Pintar todas as miniaturas de um jogo da maneira que você deseja e no seu tempo?
  • Comprar aquele jogo de tabuleiro repleto de miniaturas e não depender de ninguém para pintá-las?
  • Assistir vídeos avançados no Youtube sobre pintura e entender o que está acontecendo?
  • Expor seu trabalho de pintura nas redes sociais.

Sim, tudo isso é possível.

Qual a diferença dos tutorias na internet que são de graça para esse Curso de Pintura de Miniaturas?

O curso de Pintura da Art Board games é organizado em uma metodologia que vai ensinar passo-a-passo as técnicas básicas de pintura de uma maneira cronológica. E ainda utilizando produtos nacionais!

Veja alguns depoimentos:

André Barcellos comprou o curso e 24 horas depois já publicou o resultado no nosso grupo.
“… do zero!!! Nem habilidade eu tenho direito… hahahaha. O curso é muito.bom!”


“Realmente o curso para quem nunca pintou miniaturas é uma mão na roda, porque tem uma sequência lógica sem enrolação, apenas o básico que você precisa saber.”

 

“Se eu consegui, qualquer um consegue .”
George Gessner (confira a entrevista)

Confira algumas Pinturas compartilhadas pelos alunos no grupo de estudo

 

Falta pouco iniciar as novas inscrições. Deixe seu melhor email abaixo!



6 Motivos levam as pessoas a vender toda coleção

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Era novembro de 2014, um amigo marcou de trazer uns party games a noite na minha casa, seria uma noite de jogos.

Para minha surpresa era um jogo que nunca tinha ouvido falar ou visto. Era o Zombicide.

Na semana seguinte ele trouxe Catan. Na outra foi Zombicide de novo.

Aê o hobbie deu aquele mordida, e resolvi que era a hora de ter um desses jogos em casa. Na falta de Zombicide que na época estava esgotado, fui em uma loja de brinquedos e comprei o Catan da Grow.

E esse foi então o início da  jornada de compras de Boardgames que perdurava até hoje.

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(Vou sentir falta da faxina na estante? Não sei.)

Em 2016 cheguei o auge de ter 120 jogos na coleção, boa parte era importados.

Foi quando comecei a me perguntar qual a finalidade de ter tantos jogos que dificilmente seriam colocados na mesa naquele ano (e nos próximos).

E sempre algo novo aparecendo, amigos que compram novos jogos e os que estão na sua estante, ficam parados esperando a vez de irem a mesa.

Percebi que o tempo era o maior inimigo para quem coleciona boardgames. Não existe tempo suficiente para tantos jogos.

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(Não basta ter jogos. É preciso ter as expansões dos jogos)
Já tive centenas de filmes em VHS, depois centenas de DVD’s e já estava começando com os filmes em Bluray.
Já tive centenas de livros nas estantes. E agora estava colecionando de novo, só que jogos de boargame.

Então resolvi que era hora de parar. Coloquei uma meta de ter até 50 jogos, vendi uns 70 jogos.

E 1 ano depois novamente a coleção crescia. E vendia tudo de novo. Virava um ciclo de compra e venda.

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(Jogos se reproduzem em cativeiro? Acho que sim)

Agora no começo de 2019, fui mais radical, resolvi vender tudo. Sobraram 8 jogos que não consegui vender porque estão saturados no mercado.

Mas olha só o que descobri: vou continuar jogando muito em 2019.

MESMO NÃO TENDO JOGO NENHUM!


Motivo 01 –
Participo de 6 grupos de jogatinas. Quase todos os dias existem mesas acontecendo.

Motivo 02 – Existe centenas de jogos disponíveis de coleções de pessoas nesses grupos.

Motivo 03 – Tenho amigos mais próximos que podem me emprestar seus jogos sem problema nenhum.

Motivo 04 – Esses amigos tem meus jogos preferidos, que posso jogar com eles sempre.

Motivo 05 – Esses amigos juntos tem centenas de jogos.

Motivo 06 – Existe 4 luderias ao redor da cidade onde moro, com milhares de jogos.

Você não vai ser julgado se aparecer na  jogatina sem jogos debaixo do braço. Na verdade as pessoas querem que você  complete a mesa para que a partida aconteça.

Esses 8 jogos que me sobraram já sustentam uma boa noite de jogatina, é capaz de mesmo assim ficarem meses sem ver mesa.

A não ser que aconteça um apocalipse ou eu tenha que morar em algum interior remoto do Brasil, por enquanto eu não preciso me preocupar.

Não quero desencorajar a compra de jogos. Não julgo quem coleciona. É um hobbie como outro qualquer.

Espero que continuem comprando para que o mercado de boardgames cresça mais e mais.

Só não deixem essa diversão tão saudável se tornar em algo ruim.

Colecionismo pode se transformar em obsessão. E eu sei bem como é isso.

Falando em obsessão:

13 critérios que uso para não cair no hype

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Com esse lançamento do mega-evento-jogo Twilight Imperium (Fourth Edition) pela Galápagos, fico pensando (e com inveja) das pessoas que compram esse jogo com a certeza que terão muitas partidas para valer o investimento (700,00!!!).


Twilight Imperium (Fourth Edition)

Se você tem um grupo fixo que adora jogos eventos de 5 a 12 horas então comprar TI4 vale muito a pena. Mas se outra pessoa no seu grupo também está comprando TI4, vale a pena ter 2 cópias do mesmo jogo no mesmo grupo?

Por outro lado se você nunca jogou TI4, ninguém no seu grupo tem paciência de ficar mais que 5 horas em um mesmo jogo, porque diabos você vai querer um caixão do TI4 ocupando toda a extensão das sua estante?

O problema é que o capitalismo criou o hype. A estratégia que usam para você comprar um celular badalado é a mesmo em qualquer nicho. Até no nicho do nicho do nicho onde se encontra o nosso hobbie.

Lógico que eu queria ter um TI4 na minha estante, o hype serve pra isso, fazer você comprar agora e se arrepender depois.

Igual quando comemos um pudim inteiro em ficamos em silêncio na cozinha pensando no que acabamos de fazer.

Fiz uma lista de critérios que uso para me livrar do hype e economizar uma grana. Não me julguem. São MEUS critérios.

 

1. Evito comprar sem jogar antes.

Jogando antes eu vou descobrir se gosto ou não do jogo. É nessa hora que o hype pode aumentar ou praticamente sumir a ponto de tirar o jogo da minha lista prioritárias de compras. Isso aconteceu comigo recentemente com o jogo Altiplano. Joguei antes e achei muito chato. Risquei ele da lista.

2. Não acredito 100% nas análises de jogos.

Existe o “Influencer” que recebeu o jogo da editora ou loja e vai falar bem do jogo de qualquer jeito pra aumentar seu hype, porque se falar mal não vai mais ganhar jogo. Isso acontece, mas não estou generalizando.

E tem o cara comum, que não tem canal, que faz sua análise geralmente em texto nos fóruns e está pouco se lixando se vai ferir os sentimentos de alguma editora. É claro que procuro ler os textos desse último.

3. Gosto é gosto. 

Completando o que disse acima. Procuro ler análise de gamers que tem o mesmo gosto. Será que esse hype vale a pena?

4. Black friday ou Usados

Vou dar o exemplo de Lisboa, lançado no hype por 400,00 e na natal menos de um ano depois por 199,00. Será que não vale a pena esperar o Hype baixar  e comprar com desconto ou até um usado meses depois? Claro.

5. O meu teto de compra

Por exemplo, eu coloquei um critério que raramente compro jogos mais caros do que 200,00. No ano passado consegui um Lewis & Clark por 120,00 e Amerigo usados por 160,00, entre outros. Esse é meu critério, se o hype tá caro agora, vale a pena esperar.

6. Meu designer favorito não é um Deus.

Penso que meu designer favorito vai uma hora lançar um jogo ruim ou repetitivo. Como já rolou no último hype. E com o tempo caiu a  ficha que todos os jogos daquele designer se parecem iguais. A ponto de querer por exemplo vender toda minha coleção do designer X… (e quem sabe guardar apenas o Le Havre).

7. Vou na mecânica que me deixa feliz

Se eu gosto de uma determinada mecânica não vejo problema nenhum em ter por exemplo vários jogos de Construção de Baralho na coleção.

Se o deck building me deixa feliz, ou alocação de trabalhadores, não vejo problemas em ter uma parede forrada só com esses jogos.

8. As malditas expansões

Existe jogos que as expansões as vezes mais atrapalha do que diverte. O hype das expansões é a ilusão do que está ótimo vai ficar excelente. Eu por exemplo odiei as expansões de Champions of Midgard, prefiro só a caixa base. Mas gosto muito de Terra Mystica e a expansão Fogo & Gelo que deu mais rejogabilidade ao jogo.

9. As benditas expansões

Sempre tomo cuidado ao comprar no hype algo que saiu no exterior e que já tem um monte de expansões que são necessárias. A editora brasileira pode  não lançar elas aqui a exemplo de Imperial Settlers, Smallworld, Orleans que fiquei na mão.

10. Nova edição do mesmo jogo.

As vezes a editora relança aquele jogo que todos adoram. Vem com uma nova roupa, uma caixa maravilhosa com verniz localizado, com algumas firulas novas nas regras. Então vem o hype é bate a minha porta:

“Oi eu sou o novo Brass, mais bonito, mais elegante, mais cheiroso. Vai ficar desatualizado mesmo?”
“Vou!”

11. A arte do desapego

As vezes tenho um jogo e converso com ele na lata:”Já deu meu querido, o amor acabou, acho que está na hora de ver outras mesas”. Eu olho o mercado e vejo como está a cotação dele, se vale a pena vender agora ou esperar sua escassez.

Boardgame é um hobbie maravilhoso, porque nossos jogos envelhecem bem. Fique ligado no hype dos jogos usados.

12. O meu céu tem um limite.

Eu já tive mais de 120 jogos na coleção e percebi que estava virando um colecionador. Não quero ser um colecionador,  quero jogar os meus jogos que estão na estante, EU SOU UM JOGADOR!

Estabeleci que o meu limite na coleção são 50 jogos, porque consigo jogar esses 50 jogos pelo menos 2x por ano. Tem gente que adora colecionar, pegam um quarto ou alugam salas para estocar eles. Não julgo ninguém.

Mas pra mim 50 jogos já é muita coisa, ainda mais se você tiver amigos que tem mais jogos. Eu já passei meses só jogando jogos de amigos.

13. Os jogos são meus. Mas a mesa não é minha.

Acho que todo mundo já comprou um jogo que infelizmente não conseguiu colocar na mesa porque querendo ou  não estamos sujeitos as pessoas que nos cercam: esposa, família e amigos que tem um gosto em comum por determinado tipo de jogo.

E não adianta comprar um jogo cooperativo temático se no seu grupo  você tem pessoas que tem aversão a jogos cooperativos.

Se eu tentar colocar um jogo cooperativo em uma noite de jogatina na minha casa, minha esposa simplesmente vai se levantar da mesa e ir para o quarto dormir.

Meus amigos não vão mais responder minha mensagens e vai levar meses até que possam confiar de novo em mim. Então determinados jogos hypados não colam mais pra mim. Tenho que ter um pouco de sanidade nessas horas.

Tema Colado com Cuspe? Talvez a culpa não seja do jogo

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Quantas vezes você já não ouviu ou leu o termo pejorativo “Colado com cuspe” em grupos, mesas e até no site Ludopedia quando se trata de jogos euros?

Estou escrevendo esse texto apenas  para defender que qualquer euro pode se tornar bem temático a partir do momento que o jogador se esforça para abraçar o lúdico.

Por exemplo ontem conheci o jogo Gùgōng, e nem estava a fim de saber detalhes do porque da existência do palácio celestial, da cidade proibida, da importância da muralha, o porque da troca de presentes, etc.

Na mesa geralmente estamos focados no funcionamento da salada de mecânicas que o designer juntou, e tentamos descobrir qual a melhor maneira de fazer mais pontos e tentar vencer.

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Mas e quando falam que o jogo teve o tema colado com cuspe? Já vi essa cena acontecer dezenas de vezes:

– Bem senhores antes de partir para as regras vou contar um pouco da história do…  (alguém interrompe)
– Pula essa parte, explica logo as regras! Tem mais 5 jogos pra ir a mesa!

Termina a partida,  o coitado do boardgame ainda cheirando a novo, com as cartas recém sleevadas vai para a  estante, e nem sabe se vai voltar para a mesa algum dia, porque nos próximos dias o seu dono vai decidir se ele continua ou não na coleção, porque alguém disse:

– Legalzinho o jogo só não gostei do tema, meio colado com cuspe.

Com peso na consciência fui  pesquisar um pouco sobre a  história retratada no jogo Gùgōng.

E percebi que abaixo da camada das mecânicas existe uma aula sobre um dos períodos econômicos mais importantes da China, cada área no tabuleiro tem um embasamento histórico, aliado a cada mecânica e as ações de seus emissários.

Tudo tem uma lógica.  Como não quis perceber?

https://storage.googleapis.com/ludopedia-posts/ac336_3dzini.png

E a graça de jogar euros com temas históricos é isso, estudar um pouco a historia por trás das cartas, personagens e áreas no tabuleiro. Então é meio  errado falar que o jogo tem um tema colado com cuspe? Depende de você.

Isso deve partir do quanto você se esforça e a mesa também para que o tema sinta-se presente. Eu quero sim abraçar esse lado lúdico e tornar a experiência nos jogos em algo especial.

Aproveitar melhor as 2 horas que estarei  ali jogando, e não apenas montar a melhor máquina de pontos.

Ao comprar o jogo Gùgōng, porque não ler um livro ou ver um filme da época da dinastia Ming para se aprofundar no assunto? Porque não dar uma aula de história na hora de explicar as regras e fazer todos entrarem no clima, com uma música temática de fundo?

Pensou comemorar a façanha de ser o primeiro emissário no jogo a conseguir ter uma audiência com o Imperador? Uma idéia: quem conseguir terá a honra de beber uma dose do seu vinho chinês feito de arroz que está ali guardado na adega apenas para o Gùgōng.

Sei que é difícil em se tratando de jogos euros, mas vamos abraçar um pouco nosso lado lúdico e dar valor a essas grandes histórias que existem nos jogos de tabuleiro.

Sempre comece pela história antes de entrar em algum regra. Quando éramos crianças não gostávamos de ouvir histórias?

Termino esse texto (que escrevi sem querer em uma noite sem sono), alertando sobre a superficialidade que tratamos as coisas na nossa vida. Tudo parece urgente, sentimos que o  tempo está tão curto, que não damos valor as pequenas coisas.

Isso se reflete até na hora de jogarmos um boardgame. Até perdemos a paciência com um outro jogador que demora um pouco mais pra fazer sua jogada. Desliga o celular, converse com as outras pessoas na mesa, relaxe.

Tente extrair ao máximo tudo que aquele jogo de tabuleiro pode lhe proporcionar antes de vendê-lo ou comprar um próximo (se você é mais colecionador que jogador ignore essa última linha).

Escolha um jogo para ser a atração principal da noite.  Torne a experiência da partida junto com seus amigos em algo para ser lembrado por toda a vida.

Eu nunca percoOu eu ganhoou aprendo!…
Nelson Mandela.

Pintar Miniaturas pode diminuir o seu estresse

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Em meio ao caos urbano, estar de bem com a vida e com a saúde é fundamental para enfrentar os problemas diários e agüentar o ritmo acelerado da metrópole.

Passear, ir assistir um filme, ou jantar fora,  pode até ser uma forma de relaxar, mas você pode ficar até mais estressado procurando estacionamento, ou não ser bem atendido em um restaurante, esperar minutos e horas em filas.

Diversas atividades como a prática de atividades físicas, a prática de um hobbie ou até o ato de manter um jardim favorece a diminuição do estresse.

A vantagem é que para todo mal existe uma solução, e nós que somos colecionadores de jogos de tabuleiro temos em nossa estante o que trabalhar, por exemplo: as miniaturas sem pintura, os jogos sem insert e os acessórios que ainda não temos.

O artesanato também é uma ferramenta que ajuda a diminuir os impactos causados pelo estresse no organismo, minimiza as tensões e estimula o crescimento interior, além de criar oportunidades para novas experiências.

Se a  melhor maneira de driblar o estresse é relaxando, o artesanato é uma das formas comprovadas de relaxamento.

Pintar Miniaturas, criar inserts e acessórios é uma forma de artesanato dentro do hobbie de boardgames. Pode-se dizer que é um hobbie dentro do hobbie.

Temos aqui na nossa página cursos voltados para a pintura de Miniaturas, Insert e acessórios. Mas independente do tipo de artesanato que você escolher dê uma olhada nessas 7 dicas importantes  que você deve seguir, se quiser relaxar e aprender.

1. SAIA DAS REDES SOCIAIS

Se você for fazer artesanato é a hora de desligar-se do mundo e não cair na tentação de entrar em redes sociais.

Considere esse um momento do hobby em que será possível soltar a imaginação e colocar a sua criatividade para fora.

2. COMECE DO BÁSICO

Comece fazendo o básico não tente pular as etapas do aprendizado.  Se tentar fazer algo complicado poderá acabar ao invés de relaxar se estressando ainda mais.

3. MARQUE UM HORÁRIO

Encontre um tempo para se dedicar para essa atividade, nada de fazer sua arte no meio de um outro compromisso.

Diga a todos em sua casa que não quer ser interrompido nas próximas 2 horas. Há… desligue o celular.

4. ESCOLHA UM LUGAR SEM DISTRAÇÕES

Limpe a cabeça, pense somente no que está sendo feito naquele momento.

Escolha um lugar tranqüilo, sem ruídos e sem outras distrações para fazer o seu trabalho. Em frente a televisão, só se for para assistir tutoriais ou o curso.

5. DEVAGAR E SEMPRE

 Não tenha pressa em terminar aquilo que está fazendo. Lembre-se: a idéia é relaxar.

Não se trata de uma obrigação com tempo determinado, mas um compromisso com o seu bem estar, cuja conclusão será quando terminar, sem data e sem hora.

Artesanato é para Relaxar.

6. COMPROMETIMENTO

Encare o tipo de arte que for fazer como um projeto de extrema importância para deixar a sua mente saudável.

Tenha uma rotina com dias na semana dedicado.

7. ENTREGUE-SE

Lembre-se que não tem tempo para acabar e por isso, dedique o tempo que você tem.

O importante é na hora de relaxar com o seu artesanato, que seja 1 ou  3 horas, mas que seja um momento entregue completamente aquilo que se está fazendo.

Dá pra pintar miniaturas com material nacional?

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Quando falamos em material nacional estamos nos referindo aos pincéis, tinta,  primer e verniz.

A qualidade da tinta nacional é um pouco inferior as importadas mas você consegue um resultado bem satisfatório.

A respeito do pincel sintético nacional, com o constante uso você vai ser obrigado a trocar mais rápido, porque ele não consegue manter por tanto tempo a forma das  cerdas como o importado.

Mas se você está aprendendo a pintar é o melhor custo benefício porque é um pincel barato.

Agora vamos comparar essas duas miniaturas do jogo Arcadia Quest. Uma delas foi pintado com tinta nacional  Acrilex e a outra com tinta importada Vallejo. Você consegue notar a diferença?

(pintura com tinta importada x pintura com tinta nacional)

A tinta Acrilex nacional na verdade é recomendável especialmente no começo quando se está aprendendo a pintar. Principalmente porque você vai ter que comprar muitas tintas.

Só para ter uma idéia, importar uma tinta própria para pintura de miniaturas custa até 10x mais se comparada com uma tinta nacional. Essa regra serve também para o verniz da Acrilex  a base de água que é bem barato.

A respeito do Primer para se usar com pincel, ainda não encontramos no mercado nacional algo similar.

Ao mesmo tempo  Primer de Spray tem diponível em lojas de tintas, e até prefiro ele do que o primer importado líquido.

Portanto se está aprendendo a pintar comece com material nacional.

Assista o vídeo dessa publicação abaixo.

Quer saber um pouco mais sobre o nosso curso de Pintura de Miniaturas é só clicar aqui e ver mais informações.

Como organizar seus jogos pequenos

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Hoje vamos falar sobre nichos, uma maneira bem legal para você organizar na sua estante as dezenas de jogos pequenos da coleção é a criação de um nicho.

Sabe aquele amontoado de caixinhas parecendo um tetris em algum canto da sua estante não fica legal.

Porque não organizar eles uniformemente como as caixas maiores de board game? Um nicho com divisórias é a solução.

Aqui eu tenho um rascunho do meu projeto e fiz baseado na minha necessidade, porque não tenho muitas caixinhas. Então você que está a fim de criar algo parecido vai ter que usar as medidas que tem a ver com o seu espaço.

Assista o vídeo de como foi a construção do nicho onde utilizei como matéria prima o Papel Paraná.

Se você quiser saber mais detalhes de como criamos esse nicho basta acessar nosso curso de Insert na área de bônus.

Veja como é fácil criar Tokens

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Tudo bom pessoal, nesse vídeo vamos aprender a fazer Tokens com papel paraná.

Você pode usar essa técnica para seus  protótipos de jogos e também boardgames estilo legacy que usam adesivos.

Escolhemos o jogo Shadowrun Crossfire porque ele vem com melhorias dos personagens em adesivos que são colados nas cartelas de personagens.

Se você cola o adesivo praticamente inutiliza a cartela dos personagens. Mas criando esses tokens você poderá jogar novas campanhas sem ter que jogar a cartela no lixo.

Então o que você vai precisar?

  • 1. Primeiramente você vai precisar de papel paraná mais fino de 1,2mm de espessuara para facilitar o corte e pra ocupar menos espaço dentro da caixa, no caso  do jogo Shadowrun Crossfire
  • 2.Tinta Preta Fosca
  • 3. Pincel 20
  • 4. estilete
  • 5. Caneta
  • 6. Régua
  • 7. Cola de bastão
  • 8. Base para corte

Ache a medida do tamanho do adesivo ou da arte que pretende fazer o token. Calcule quantos tokens vc vai precisar e multiple pra saber a medida total.

Alinhe o papel em cima da base de corte e marque as medidas. Com um estile faça o primeiro corte. Muito cuidado com a lâmina, faça esse corte de preferência em pé para dar mais firmeza. Se estiver cega, quebre a ponta da lâmina.

Dependendo do jogo você pode pintar ou não os tokens. Eu resolvi pintar de preto porque os adesivos são pretos.

O adesivo não tem muita aderência se pregado no papel paraná pintado. Depois da tinta estiver secado, passe uma cola bastão no token e na sequência fixe o adesivo.

Está pronto!

Se você quiser ver mais detalhes, acesse o vídeo abaixo:

Dia do Leitor: boardgame é uma forma de literatura?

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Sempre fui um consumidor de livros, principalmente os de sci fi. Desde que me entendo por gente, a casa dos meus pais  sempre teve livros nas estantes.

Livros de Perry Rhodan, Isaac Asimov, Erich Von Daniken, entre outras coisas relacionadas a ufologia. Meu pai era viciado no tema, a ponto de me levar a congressos sobre OVNI.

Não tinha um filme de ficção científica que não tivesse visto nos anos 80 e 90. Me lembro do meu primeiro jogo de tabuleiro chamado Solaris. Meu primeiro cartucho de video game chamado Ovni da Philips Odyssey. Meu primeiro filme no cinema foi Tron.

Então se na sua casa existe livros e existe um hábito de leitura independente do tema, é normal que os filhos se espelhem nos pais leitores. Então eu sempre estou lendo algo.

E quando surgiu essa volta dos jogos de tabuleiro me deparei com um novo mundo que exigia um novo tipo de leitura e raciocínio.

https://storage.googleapis.com/ludopedia-posts/67365_rvyhaf.jpgA começar pela leitura do manual do jogo,  um tipo de linguagem totalmente nova pra mim em 2013. Não é uma leitura habitual onde tem uma história com começo meio e fim. Você está tentando entender como um jogo funciona.
Confesso que fico impressionado com  alguns amigos que com uma leitura simples no manual já coloca o boardgame na mesa e estão jogando.

Eu tinha  uma dificuldade extrema de interpretar manuais, por mais simples que fosse o jogo, se não tivesse um gameplay as coisas complicavam.

Mas com o tempo entendendo como as diversas mecânicas funcionam essa linguagem de manuais de jogos foi ficando mais acessível.
Mas é uma dificuldade universal:  quem nunca colocou um boardgame na mesa e jogou com regras erradas que atire o primeiro meeple. O que dizer dos manuais ruins? O do Robinson Crusoe foi o meu maior pesadelo.

Mas a leitura não termina nos manuais, alguns jogos prezam muita pela literatura,  contam uma história com começo meio e fim a exemplo do jogo Twilight Struggle sobre a história da guerra fria.

E mesmo que não tenha uma história, alguns jogos te obrigam a ativar a imaginação como Modern Art onde você  é um leiloeiro improvisando a história de um quadro a ser leiloado.
Aqui só se joga Modern Art interpretando com convicção um leiloeiro, sem isso o jogo perde 80% da diversão.

https://storage.googleapis.com/ludopedia-posts/e6125_rvyhaf.jpg
(The Grizzled)

Que tal escolher entre o bem ou o mal  em Above and Below,  um mundo fantástico com múltiplos caminhos e histórias dentro de cavernas.

E o que dizer do jogo The Grizzled,  um dos jogos mais imersivos que já joguei, me fez sentir as dificuldades de se manter vivo e lúcido em uma guerra.

Esse mundo de jogos de tabuleiro é sim uma ramificação da literatura, quando compramos um boardgame estamos comprando uma forma de contar uma história.

E escrevi esse texto para lembrar que hoje é o Dia do Leitor, parabéns a todos nós que lemos manuais, cartas, improvisamos histórias, interpretamos personagens em meio a mecânicas com miniaturas, cartas, cubinhos, meeples de madeira e plástico.

Com certeza se meu pai estivesse vivo (faleceu em 2003)  estaria em êxtase com essa volta dos jogos de tabuleiros modernos.  Seria um prazer jogar com ele e ler em voz alta cada carta de tecnologia do jogo Terraforming Mars.